terça-feira, 27 de abril de 2010

22


Naquele instante só tinha certeza de uma coisa: estava desnorteada - na verdade, sempre estive, mas o desespero me poupou durante muito tempo - e, como se quisessem se fazer coerentes, minhas ações também perderam o senso. Me pus a correr, e corria sempre em frente, já que o avanço em tal direção me causava uma sensação de pseudo-conforto, e isso, definitivamente, era melhor do que nada. Vez em outra parava e girava ao redor de meu próprio eixo, e nessa rotação moribunda, me via anelante à procura de uma nova sinalização, qualquer que fosse. Tudo em vão. Tinham se esgotado. Então, como de habitual, só me restou a imaginação e sua já conhecida eficácia. Acordei horas depois, cheia delas! :)

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