Eis que lhe digo que o mundo se desdobra feito um pano ao vento
E também lhe admito que sou e serei o pano por vários momentos
Não tenho capacidade de me manter estável e constante enquanto
Sofro sopros, então me dobro feito panos quando ventos enfrento
Se sou pano sou vela
Aquela que o barco carregou
E dela nada restou
A não ser o mastro ao qual se apela
“Não costumavas”, grito, “ter uma diretriz em si?”
Não há resposta e acabo por remar enfim
Eis que lhe digo que no próximo vendaval juro que serei o vento
Ou pelo menos não serei tão dobrável e maleável em meus sentimentos
Serei mais duro nem que seja por um segundo, pois entendo
Que nem toda afabilidade é boa, e é melhor mover-se, mesmo que lento
E.
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