quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

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Enquanto eu contemplava minha pequena paisagem geográfica daqui, da minha varanda - tão minha como nunca - percebia o quanto sou pequena diante do mundo. Veja bem, justamente daqui, onde tantas vezes quando criança me senti dona apenas pelo fato de estar no alto, de olhar p'ra baixo e ver todas aquelas pessoas e automóveis tão pequeninos, parecendo brinquedos; onde me senti tão maior, tão tão... Talvez, naquela época, eu não tenha dado o valor merecido àquela sensação e talvez hoje, eu também não dê à atual. Mas isso nem vem muito ao caso. Fato é que ambas têm coisas em comum, por mais contraditório que isso possa parecer. Não só entre si, mas com todos os outros tipos de emoção que se possa viver: não podem ser descritas com exatidão (até porque não se deve dar muito crédito a um narrador-personagem) e muito menos classificadas. Porém, são verdades incontestáveis e imutáveis: enquanto duram!

Um comentário:

DavidY disse...

Larissa! Pefeito. Voce agora percebeu seu antigo ponto de vista através da vista do seu ponto. Pessoas morrem sem conseguir exercitar tão bem as idéias. Vocé é jovem, madura e têm uma crítica sensível e admirável. Uma honra ser seu amigo. Beijos ... David