quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

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O tempo mudou o espaço, que foi construído sem muita ou nenhuma pretensão sentimental. Aos poucos, foi preenchendo-o de imagens e cores e sons e mais do que isso: tudo isso junto, atingindo o emocional. Do nada, formou-se o tudo que poderia mesmo ser nada, se não fosse o tempo. (Mas não vamos culpá-lo. Afinal de contas, ele até tenta nos aliviar: o excesso de tempo nos ajuda a esquecer, ou pelo menos a não lembrar, do que foi. Cruel mesmo é o espaço, que teima em manter cada detalhe vivo, remontando tudo aquilo que precisa desmensuradamente ser esquecido. Mas não há tanto mal nisso quando prefere-se acreditar na força do tempo e no fracasso da memória.) Então, fez-se a lembrança e sua mais dolorosa subdivisão: a saudade.






Não consigo deixar o subjetivismo de lado nem quando tento contar uma história baseada na realidade. Isso é bom ou ruim ?
Tá bom, acho que, mais uma vez, meu texto só fará sentido p'ra mim!

2 comentários:

Matheus Pestana disse...

Perfeito, Lari. Perfeito.

Concs disse...

Mais uma querendo dividir o espaço do tempo... ai ai ai...